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26/11/2021

Pesquisa mostra que gastos com alimentação foram os que mais aumentaram na pandemia

Núcleo de Inteligência e Pesquisa do Procon entrevistou 5.040 pessoas; renda caiu e gastos com alimentação cresceram

Pesquisa realizada pelo Núcleo de Inteligência e Pesquisas da Escola de Proteção e Defesa do Consumidor do Procon-SP, mapeou entre os meses de setembro e outubro, como a situação financeira dos consumidores foi afetada durante a pandemia da Covid-19.

A mesma pesquisa foi realizada no início do ano com objetivo de observar quais alterações ocorreram na percepção dos entrevistados, já que há sinais de recuo da pandemia e retomada da economia. A pesquisa foi respondida por 5.040 pessoas, sendo que 69,94% (3.525) afirmaram que sua renda individual diminuiu. Para 23,63% (1.191,) permaneceu inalterada e somente para 6,43% (324), houve aumento.

 

Questionados sobre o motivo dessa diminuição, 34,87% (1.229) afirmaram ter sido em decorrência da paralisação parcial ou total de suas atividades de autônomo ou empresário; 24,65% (869) apontaram a causa como sendo da redução salarial; para 20,74% (731) a diminuição foi gerada pela necessidade de terem que passar a contribuir para a renda familiar em decorrência de desemprego e/ou morte na família e, para 19,74% (696) a queda foi em decorrência de demissão.

 

Também foi questionado a todos os entrevistados, independentemente de ter havido alteração em sua renda, qual a importância de sua renda individual na composição da renda familiar.

Os resultados apontaram que 37,60% (1.895) são responsáveis pela totalidade da renda familiar; 36,31% (1.830), afirmaram ser responsável pela maior parte da renda familiar e 19,29% (972) informaram que são responsáveis por pequena parte. Apenas 6,80% dos entrevistados têm renda desvinculada de uma família já que 4,52% (228) afirmaram que não contribuem para a renda familiar e 2,28% (115) não têm família.

 

Aumento nos gastos

A todos os entrevistados foi perguntado se consideram que seus gastos habituais tiveram aumento durante a pandemia e, a grande maioria, 90,99% (4.586), afirmou que sim. 67,34% (3.088) deles afirmaram que esse aumento foi em decorrência de gastos com alimentação. O segundo aumento destacado no resultado foi observado nas contas de consumo, tais como, água, luz, gás, 22,85% (1.048).

 

Foi questionado aos consumidores se precisou reduzir e/ou cortar seus consumos habituais, a grande maioria, 92,50% (4.662) respondeu que sim. Os mais apontados foram: alimentação (3.332), contas de consumo (água, luz, gás), (1.893) e telefonia / internet (1.513)

 

CONSUMIDOR MARILIENSE

Para os consumidores marilienses, a pesquisa realmente reflete a situação atual onde os gastos com alimentação consomem a maior parte da renda familiar. “Desde o início da pandemia o preço de tudo só aumentou. No supermercado a gente deixa grande parte do salário e ainda tem a conta de luz e o botijão de gás que subiram muito. O poder de compra do salário diminuiu muito,” disse a comerciária Joana Maria de Souza Faria.

 

O atendente de telemarketing Juliano Oliveira Jardim, mora com os pais e disse que reduziu os gastos com bares e restaurantes depois da pandemia. “No ano passado ficou muito tempo fechado mesmo, mas eu sempre tinha o hábito de pedir lanche, pizza. Ficou tudo muito caro e nosso salário não aumentou pra acompanhar. Hoje estou comendo fora muito menos do que antes”, disse.

Fonte:jm


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