Era fim de tarde de segunda-feira (28) quando o clima esquentou na avenida Guiomar Novaes, região do distrito industrial. Quem passava por ali não imaginava que o barulho que ouviriam não era de motor ou buzina. Era de grito, de desespero, de abuso.
Um cabo da Polícia Militar, fardado, armado e em pleno serviço, protagonizou um espetáculo de horrores: movido por ciúmes, perseguiu a ex-namorada e a ex-sogra. Quando alcançou o carro em que as duas estavam, não teve cerimônia: arrancou a mulher de dentro do veículo, algemou a vítima e a jogou na viatura como se estivesse prendendo uma criminosa.
Testemunhas assistiram atônitas. E foi aí que a situação desandou de vez.
Durante a abordagem truculenta, o policial – que portava a arma oficial da corporação – bateu boca, expôs a mulher e causou pânico a quem viu a cena. Tudo em via pública. A mãe da vítima, desesperada, implorava por socorro.
Mas a justiça veio do rádio.
Outros policiais foram chamados. Ao chegarem, os colegas não titubearam: constataram o abuso, deram voz de prisão ao cabo e o conduziram à Central de Polícia Judiciária (CPJ) de Marília.
A delegada de plantão não poupou: apreendeu a arma e confirmou o flagrante. A prisão foi mantida, e agora o caso está nas mãos da Justiça. O 9º Batalhão, onde o cabo é lotado, se responsabilizou pela custódia até a audiência.
Segundo informações, o PM pode responder por lesão corporal, ameaça, violência doméstica e abuso de autoridade, além de sofrer punições administrativas dentro da corporação.
O mais grave? A ex-mulher estava sendo vigiada há dias. Colegas da PM revelaram que o policial não aceitava o fim do relacionamento e já havia dado sinais de descontrole.
E você que lê essa matéria agora, se pergunta: como confiar em quem deveria proteger?
É, minha gente… tem farda que esconde honra., mas também tem farda que esconde covardia.
A equipe do Marília Urgente segue de olho no caso. A qualquer novo capítulo, você vai saber aqui. Porque aqui, a gente mostra tudo. Sem filtro. Sem maquiagem. Só a verdade.