No fundo, enquanto os novos veículos adquiridos pela gestão atual desfilavam, simbolizando o progresso, a imagem de Camarinha, associada à ausência de serviços básicos como coleta de lixo e transporte
No fundo, enquanto os novos veículos adquiridos pela gestão atual desfilavam, simbolizando o progresso, a imagem de Camarinha, associada à ausência de serviços básicos como coleta de lixo e transporte escolar em sua administração, destacava-se como um contraste vivo, relembrando aos eleitores os desafios superados e o longo caminho que Marília percorreu desde então.
No aniversário da cidade de Marília, um episódio no mínimo curioso marcou o desfile na Avenida Sampaio Vidal: a presença quase fantasma do deputado estadual Vinicius Camarinha (PSDB), que apesar de fisicamente presente, pareceu invisível para grande parte dos munícipes.
Diferente de outros políticos, Camarinha enfrentou dificuldades para engajar com o público durante o evento, um reflexo, talvez, da memória coletiva ainda fresca sobre sua administração controversa.
A indiferença da população não é um mistério. No dia 22 de março, Camarinha fez um anúncio surpreendente em uma live no Instagram: sua intenção de renunciar ao cargo de deputado estadual para, mais uma vez, concorrer à prefeitura de Marília. Este anúncio reacendeu um turbilhão de debates e críticas, trazendo à tona lembranças nada saudosas de sua gestão anterior, pontuada por escândalos e uma série de problemas que marcaram negativamente a cidade.
A gestão de Camarinha como prefeito é lembrada por episódios desastrosos: a cidade enfrentou uma crise sem precedentes de coleta de lixo, deixando as ruas tomadas por detritos e até porcos revirando os resíduos, uma cena que chegou ao Jornal Nacional. Além disso, sob sua administração, Marília vivenciou a pior crise de dengue de sua história, com mais de 30.000 casos confirmados, uma triste evidência das falhas no sistema de saúde pública e prevenção.
Os problemas não pararam por aí: a infraestrutura da cidade deteriorou-se a ponto de um estudo apontar a existência de três buracos por habitante. A dívida municipal disparou, comprometendo mais de 150% do orçamento da cidade, uma situação apenas mitigada pela gestão subsequente, que conseguiu reduzir o endividamento para 49% do orçamento.
Investigações federais, acusações de solicitação de propina em grandes obras e uma gestão marcada por serviços públicos deficientes, obras abandonadas, e uma histórica greve de servidores municipais são apenas alguns dos capítulos que compõem o legado de Vinicius Camarinha em Marília.
Seu recente intento de retornar à prefeitura suscita um debate necessário sobre a responsabilidade política e a memória eleitoral.
À medida que a próxima eleição municipal se aproxima, os cidadãos de Marília estão diante da tarefa de refletir sobre o passado para tomar decisões mais informadas sobre o futuro, ponderando o impacto das escolhas políticas na qualidade de vida e no desenvolvimento sustentável da cidade.
No fundo, enquanto os novos veículos adquiridos pela gestão atual desfilavam, simbolizando um progresso tangível, a imagem de Camarinha, associada à ausência de serviços básicos como coleta de lixo e transporte escolar eficiente em sua administração anterior, destacava-se como um contraste vivo, relembrando aos eleitores os desafios superados e o longo caminho que Marília percorreu desde então.
