Em respeito à vida e à saúde mental de nossos leitores, o Marília Urgente opta por não divulgar mortes por suicídio em sua cobertura jornalística, salvo em casos absolutamente excepcionais de interesse público e com abordagem responsável. Essa escolha não é omissão , é proteção.
A decisão se baseia em diretrizes internacionais de saúde pública, pesquisas científicas e orientações de instituições como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde.
O principal motivo da não divulgação está no chamado efeito Werther, um fenômeno comprovado pela ciência que mostra que a exposição midiática a casos de suicídio pode aumentar o número de ocorrências similares, especialmente entre pessoas em situação de vulnerabilidade emocional, como adolescentes, pessoas com depressão e indivíduos em crise.
Noticiar suicídios de forma sensacionalista, com detalhes ou imagens, pode desencadear o chamado “efeito de contágio”, onde pessoas em sofrimento passam a enxergar o ato como uma alternativa, uma falsa saída para seus problemas.
A mídia tem um papel vital na preservação da vida. Por isso, profissionais responsáveis são orientados a evitar a divulgação de imagens, métodos utilizados, bilhetes ou qualquer romantização do ato. O foco precisa estar em prevenção, acolhimento e orientação adequada — não na curiosidade mórbida ou no clique fácil.
No Marília Urgente, cada vida importa. Não divulgar suicídios é uma escolha editorial com base em ética, empatia e ciência. Nossa prioridade é informar com responsabilidade, não contribuir com possíveis tragédias futuras.
Se você ou alguém próximo está enfrentando momentos difíceis, procure ajuda profissional. Ligue para o CVV no número 188, com atendimento gratuito e sigiloso, 24 horas por dia.
Falar é a melhor solução. E viver é sempre a melhor escolha.