A Prefeitura de Bauru recolhe 381,7 mil toneladas de diversos tipos de lixo anualmente. O levantamento feito pelo JC junto à Secretaria do Meio Ambiente (Semma) é referente à soma de todos os tipos de resíduos que o Município é responsável por recolher, sejam eles orgânico, reciclável, massa verde, restos de construção civil, eletroeletrônicos, óleo de cozinha e móveis. Eles são captados via coleta da Emdurb, Ecoponto ou Ecoverde. Para alguns itens específicos, como as lâmpadas, a coleta é de obrigação dos fabricantes.
O JC traz os caminhos por onde cada tipo de resíduo percorre até serem incorporados na natureza ou reutilizados. A engenheira ambiental da Semma Larissa Mituuti detalhou o passo a passo. Ainda é importante que a população colabore, fazendo a sua parte, separando cada sub-grupo. Em tempos de pandemia, ela destaca que as máscaras descartáveis não devem ser destinadas para reciclagem, mas sim junto ao lixo orgânico.
TRAJETOS
O lixo orgânico soma 109,5 mil toneladas por ano e é coletado pela Emdurb. Depois são encaminhados para um aterro contratado em Piratininga. Por lá é feita a decomposição. O lixo se transforma em gás metano, onde há a queima no local, e em chorume. Este composto líquido é destinado para uma estação de tratamento em Ribeirão Preto, onde separa-se o líquido que é direcionado para a natureza.
Os recicláveis somam 2.883 toneladas por ano. Eles têm dois caminhos, sendo a coleta seletiva e o Ecoponto. Depois são destinados para cooperativas. Elas fazem a separação de cada item e em seguida há o encaminhamento para reuso.
O óleo de cozinha deve ser descartado em Ecoponto ou em empresas privadas que recolhem. O líquido é destinado para tratamento e pode virar biodiesel. Em Bauru são coletados por ano 3.434 litros, o que equivale a 3,4 toneladas.
Os restos de obras devem ser destinados aos Ecopontos para seguir rumo à usina de reciclagem. Lá são triturados e depois reutilizados pela Secretaria de Obras para consertar estradas de terra. Eles somam cerca de 266,2 mil toneladas.
As pilhas e baterias são coletadas em Ecopontos, mas como também são recolhidas em diversos lugares privados, a Semma não tem números exatos. Elas entram no programa de logística reversa e são destinadas aos fabricantes.
Os eletrônicos são recolhidos em Ecopontos e tratados pelas cooperativas como recicláveis. Cada tipo vai para um destino. Depois, reuso.
Os móveis e colchões, além do Ecoponto, têm possibilidade de serem retirados por agendamento pelo programa "Cata-Treco", de segunda a sexta, das 7h às 11h. O telefone é 3239-2766. O destino final é uma área anexa ao antigo aterro sanitário, onde são incorporados na terra. O volume anual é de 2.377 toneladas. Os restos de jardinagem, em pequenas quantidades, são encaminhados ao Ecoverde, onde são triturados e destinados para adubar o solo do próprio local. As grandes quantidades também são incorporadas no antigo aterro. O volume é de 773 toneladas por ano.