Enquanto prefeituras de outras cidades têm enfrentado dificuldades para cumprir o gasto mínimo de 25% do orçamento anual com a Educação, devido à paralisação das aulas em função da pandemia, Bauru não deve ter o mesmo problema e, com isso, fechar o ano com o investimento mínimo previsto na Constituição Federal, evitando problemas para os seus gestores.
Para isso, o município estabeleceu três linhas principais de investimentos dos recursos, que são: 1- gastos com reformas e manutenção de prédios e estruturas da rede escolar, 2- compra de equipamentos de proteção individual (EPIs), investimentos em tecnologia e 3- locação ou aquisição de imóveis para apoio a escolas em reforma.
De acordo com a secretária de Educação, Maria Kobayashi, desde que assumiu a pasta foi iniciado um diagnóstico da rede com objetivo de identificar as fragilidades das estruturas físicas das escolas diante das necessidades de biossegurança estabelecidas pela pandemia da Covid-19.
Foram quatro meses de levantamento e agora pequenos e médios consertos e ajustes foram concluídos ou estão em andamento. Sobre as grandes obras, como ampliações e reformas, a secretária explicou que foram revistos contratos de obras paradas.
"Em função disto, nós já temos uma previsão de gastos para este ano e para os próximos anos da nossa gestão", afirmou a secretária. O dinheiro da Educação também tem sido destinado, segundo Maria Kobayashi, na aquisição de equipamentos de proteção individual (EPIs), como as máscaras e outros necessários para garantir a segurança de alunos e funcionários das unidades, como o álcool em gel.
Outra fonte de gastos dos recursos da pasta tem sido a tecnologia da informação, com investimento na implantação de rede de internet em todas as escolas, algo que, de acordo com a secretária, não existia até o ano passado. Segundo Maria, vários editais estão em andamento para ampliar o uso de equipamentos e recursos tecnológicos que iniciou devido à pandemia.
Outro gasto que vem consumindo os recursos da pasta, e garantindo os investimentos legais, é a locação ou aquisição de prédios para receber os alunos, enquanto as unidades da rede são reformadas. A rede municipal de ensino de Bauru conta com 66 escolas de educação infantil e 16 de ensino fundamental I e II, e 9 polos de Educação de Jovens e Adultos (EJA). Ao menos três escolas enfrentam o problema atualmente, mas a secretária afirmou que as aquisições ou locações atenderão outras reformas ou ampliações que forem necessárias, como dos prédios dos almoxarifados, que estão alugados ou possuem prédios muito antigos. Também a compra de um espaço para abrigo da frota escolar vem sendo estudada.
A secretária ressaltou que todos os investimentos da Educação têm acompanhamento e apoio de outras secretarias da prefeitura como Finanças, Obras e Planejamento.