Bem-vindo -
18/08/2021

Procon orienta que postos devem informar origem do combustível senão serão autuados

Governo Federal autoriza que postos de uma determinada rede poderão comercializar combustíveis de outros fornecedores

O Procon Municipal de Marília alerta que os postos de combustíveis devem informar ao consumidor a origem do combustível que está vendendo, sob pena de serem autuados por prática abusiva.

 

Na última semana o Governo Federal propôs uma Medida Provisória que determina, entre outras regras, que postos de combustível de uma determinada rede poderão comercializar combustíveis de outros fornecedores. 

O Procon de SP alerta que é obrigação dos postos identificarem nas bombas a origem do produto comercializado.

 

POLÊMICA

Antes um posto de determinada marca só poderia vender combustível dessa marca. A MP flexibilizou essa regra de fidelidade à bandeira. Com a medida, o Procon-SP irá fiscalizar se a origem do combustível com o qual os veículos estão sendo abastecidos está sendo informada na bomba.

 

"É dever do posto de combustível dar a informação sobre a origem do produto ao consumidor. Ao não cumprir essa obrigação, o fornecedor comete prática abusiva e fica sujeito à multa de acordo com o Código de Defesa do Consumidor", orienta Guilherme Moraes, diretor do Procon Municipal de Marília.

 

A decisão do Governo de permitir a venda de outras marcas causou polêmica no setor. O governo decidiu antecipar-se a consulta pública da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis) e liberou a venda de combustíveis de outras marcas nos postos brasileiros por MP (medida provisória).

 

O texto libera ainda a venda de etanol diretamente das usinas para os postos, outro tema que vinha sendo debatido pelo órgão regulador. Em ambos os casos, as mudanças encontram resistência entre as maiores distribuidoras de combustíveis do país.

O lançamento da MP foi feito no último dia 11. O Ministério de Minas e Energia defende que as medidas aumentarão a concorrência, beneficiando o consumidor final.

 

A MP trata da “tutela regulatória da fidelidade à bandeira”, permitindo que os postos que exibam marca comercial de distribuidoras, como Shell, Ipiranga ou BR, possam vender combustíveis de outros fornecedores, desde que informado ao consumidor.

 

As distribuidoras que se opõem à medida alegam que realizam investimentos nos postos e que a mudança abriria maior mercado a empresas que operam de forma irregular, seja com sonegação de impostos, seja com a venda de produtos de má qualidade.

 

Argumento semelhante é usado contra a venda direta de etanol aos postos, pleito defendido pelos produtores de cana-de-açúcar do Nordeste. Atualmente, os impostos sobre o etanol são recolhidos pelas distribuidoras. Com a venda direta, passariam a ser recolhidos pelas usinas.


Compartilhe!
Deixe seu comentário

Veja
Também

Marília Urgente - Sua Notícia em Marília e Região
© Copyright 2019 Marília Urgente - Sua Notícia em Marília e Região. Todos os direitos reservados CNPJ: 42.082.895/0001-09