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11/07/2021

À procura da sonhada felicidade

Os brasileiros nunca foram tão infelizes. É o que concluem o índice de felicidade da Fundação Getúlio Vargas (FGV), que faz uma pesquisa para avaliar a satisfação com a vida presente. Em 2020, o Brasil encerrou o ano com nota de 6,1, o menor ponto da série histórica iniciada em 2006. Num país onde mais de 500 mil pessoas já morreram vítimas da Covid-19 e possui altas taxas de pobreza, pode ser difícil manter a felicidade, mas algumas pequenas mudanças no dia a dia e novos hábitos podem aliviar a tristeza.

Na opinião do professor da Felicidade da Universidade de Brasília (UnB) Wander Pereira, mesmo em momentos de incerteza, é preciso saber aproveitar os momentos.

"A vida é feita de situações e momentos distintos e cada um deles requer um tipo de emoção e sentimento. É lógico que diante das perdas de vidas humanas (próximas ou não) de uma forma tão dramática como a que vivemos, não há como não ficar triste indignado e até revoltado, mas a vida não é só isso", diz Pereira, doutor em Psicologia pela UnB.

PERDA DE RENDA

A queda na percepção de felicidade está diretamente relacionada à perda de renda: a pesquisa de felicidade da Fundação Getúlio Vargas (FGV) mostra que toda a queda de felicidade foi concentrada no grupo dos 40% mais pobres, cuja nota passou de 6,3 em 2019 para 5,5 no ano passado.

A velha máxima de que "dinheiro não traz felicidade", portanto, ganhou outro sentido na pandemia, Na opinião do professor, dinheiro é importante, mas não é tudo. "Ter muito dinheiro não é garantia de felicidade. O problema é que, sim, pouco dinheiro nos deixa infelizes. O grande diferencial é o jeito com que você vive sua vida. Uma pesquisa de Havard conclui que, para nos mantermos felizes e saudáveis ao longo da vida, é preciso investir na qualidade dos nossos relacionamentos sociais."

 

Momento ideal para conhecer a si mesmo

O isolamento social levou ao distanciamento social entre as pessoas em geral, mas também a uma aproximação entre os casais e os núcleos familiares mais íntimos. No entanto, essa aproximação pode ter levado ao aumento da separação entre casais. O número de divórcios consensuais realizados pelos cartórios, aumentou 18,7%, de acordo com a Agência Brasil.

"Possivelmente, os relacionamentos que já estavam adoecidos antes da pandemia não tenham resistido a esse período. Mas, muitos relacionamentos foram "reformados, reinventados e outros tantos começaram em meio à crise", afirma Wander Pereira, da UNB, reforçando ainda que este é o momento ideal para o autoconhecimento. "Em momentos extremos nossos sentimentos mais básicos afloram, tudo ganha outra magnitude, então aproveite para se conhecer melhor, se aprimorar e se preparar para viver relacionamentos mais saudáveis, mais verdadeiros orienta", completa Pereira. Em março, a ONU divulgou o Relatório Mundial de Felicidade no qual o Brasil ocupa agora o 41º lugar, nove posições abaixo do ranking de 2020. A nota atribuída ao Brasil, baseada em dados do ano passado, é de 6,110, a menor desde 2005, quando a organização começou a avaliação.



Fonte: JC Net
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