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11/05/2021

Reação da vacina AstraZeneca não é motivo para pânico da população

Com a chegada de novos lotes da AstraZeneca/Oxford em Bauru nas últimas semanas, a campanha de vacinação contra a Covid-19 tem seguido com aplicação do imunizante britânico. Ao mesmo tempo, relatos de efeitos colaterais considerados leves, como febre, dor no corpo, calafrios, dor de cabeça, diarreia e sonolência, têm sido cada vez mais comuns. As queixas de reações da AstraZeneca seriam, inclusive, bem mais frequentes do que as da CoronaVac. No entanto, especialistas apontam que não há motivos para pânico, já que os efeitos são mesmo esperados.

E mais: essas reações podem ser a prova de que o sistema imunológico está funcionando como deveria com a vacina.  Porém, vale destacar que a eficácia da dose é, de acordo com os órgãos de saúde, a mesma quando a pessoa não apresenta reações perceptíveis.

Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), entre os efeitos colaterais mais comuns relacionados à vacina Astrazeneca/Oxford, produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) no Brasil, além de febre, calafrios e dor de cabeça, estão também sensibilidade, sensação de calor, coceira ou hematomas, inchaço e dor no local da aplicação, cansaço, enjoo, dores musculares e nas articulações, e manifestações semelhantes às de um resfriado, como dor de garganta, coriza e tosse. Em março deste ano, a Anvisa atualizou a bula do imunizante acrescentando também diarreia e sonolência.

Diante disso, quem apresenta esses sintomas após tomar a AstraZeneca não deve ter pânico, uma vez que já é algo esperado.

É notado que algumas reações são parecidas com as relatadas por algumas pessoas que foram imunizadas com a CoronaVac, fabricada pelo Instituto Butantan: dor no local da aplicação, cansaço, febre, dor no corpo, diarreia, náusea e dor de cabeça.

TECNOLOGIA

Considerada potente em induzir uma resposta imune do organismo, a AstraZeneca, segundo a Fiocruz, apresentou efetividade de 94% dos casos, ou seja, de redução na hospitalização, em um período entre 28 e 34 dias após a vacinação com uma única dose, em estudo realizado na Escócia e divulgado em fevereiro deste ano.

A tecnologia utilizada em sua produção é conhecida como vetor viral não replicante. Diferentemente da CoronaVac, que é feita com um vírus inativado, a imunização originada no Reino Unido utiliza um "vírus vivo", como um adenovírus, causador de resfriados comuns, mas que não tem capacidade de se replicar no organismo humano ou prejudicar a saúde.

Pesquisas relacionadas a outras vacinas também potentes, utilizadas nos Estados Unidos, apontaram que cerca de 10% a 15% dos imunizados costumam apresentar efeitos colaterais perceptíveis.

ANAFILAXIA

Já quando se trata de anafilaxia (reações alérgicas graves), esses estudos preliminares apontaram que dois indivíduos a cada 5 milhões de vacinados podem ter resposta séria e negativa diante da imunização. Em Bauru, não há quaisquer relatos de internações e nem mesmo de óbitos relacionados à vacina.

Mesmo assim, como reações graves podem ocorrer nos primeiros 30 minutos, a Secretaria Municipal de Saúde informa que todas as unidades básicas e de referência para a vacinação contra a Covid-19 possuem as medicações necessárias até a chegada do Samu.

Em abril, agências reguladoras internacionais divulgaram análises sobre possível relação da AstraZeneca produzida no Brasil com "eventos extremamente raros de coágulos sanguíneos associados à baixa contagem de plaquetas". A Organização Mundial de Saúde (OMS) reforçou a necessidade de mais estudos, mas destacou que eventos adversos raros após imunizações em massa são normais e nem sempre estão ligados à vacinação.

A Fiocruz, por sua vez, diz que reforça a farmacovigilância em relação ao imunizante e ressalta que os benefícios superam em muito os riscos, além de apontar novo estudo que indicou a eficácia da vacinação em neutralizar a variante P1 do novo coronavírus.

 



Fonte: JC Net
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