O candidato que melhor performou na última pesquisa divulgada pelo Instituto Paraná sobre a corrida à Prefeitura de Marília foi o advogado e professor universitário Ricardinho Mustafá. Candidato do diretório do PL (Partido Liberal), Ricardinho tem apoio do presidente Jair Bolsonaro e na comparação com o levantamento de julho - feito entre os dias 19 a 22 - o líder conseguiu saltar 10 pontos percentuais, o que comprova a empolgação do eleitorado com seu nome. Isso prova que Ricardinho está conseguindo agregar os votos dos indecisos e até de quem iria anular.
Tecnicamente empatado no segundo lugar, Ricardinho tem como candidato a vice o comunicador Juliano da Campestre, pelos números e análises estatísticas do levantamento do Instituto Paraná - feito entre os dias 12 e 15 de setembro - o ex-secretário municipal de Saúde de Marília e ex-procurador-geral do Município, estaria com quase 15% dos votos (14,8%). Último candidato a se apresentar ao eleitorado mariliense, Ricardinho tem vasta experiência administrativa e em 2017 coube a ele a árdua tarefa de limpar a cidade de toda a sujeira e a imundice deixada pelo ex-prefeito, o deputado estadual Vinícius Camarinha, hoje no PSDB.
Em 2016, ao perder a reeleição para o atual prefeito Daniel Alonso, Vinicius promoveu um verdadeiro apagão administrativo e quem pagou o preço da negligência de gestão foi a população. Ruas ficaram abarrotadas de lixo e a zeladoria muito a desejar. Moscas, resíduos e toda espécie de inservíveis se amontoaram em vilas e bairros. Ao assumir a gestão, Daniel Alonso incumbiu Ricardinho para higienizar a cidade. “Graças aos nossos servidores da Limpeza e com o trabalho da nova administração, conseguimos deixar nossa cidade limpa e cuidada”, lembrou o ex-secretário municipal de Limpeza Pública, hoje candidato a prefeito pelo PL.
Desempenho
A candidatura de Ricardinho e Juliano vem ganhando força nas ruas e dos eleitores marilienses, que até então estavam indecisos e se negavam a escolher os candidatos que se apresentavam. Nas eleições, casos em que as pesquisas apontam para um candidato, mas as urnas comprovam outro são bem comuns. Isso porque a pesquisa é um levantamento técnico, totalmente passível de erro. O ex-governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel - que chegou a morar em Marília na infância e até recentemente era a cidade de seus pais - aparecia em posição desfavorável nas pesquisas eleitorais, contudo venceu o pleito. Da mesma forma ocorreu, o atual governador de Minas, Romeu Zema.
Estagnado
Com base nos dois levantamentos do Instituto Paraná - o primeiro divulgado em julho, o segundo nesta segunda-feira, 16 de setembro - o empresário do ramo de turismo internacional Jean Patrick Garcia Baleche, o Garcia da Hadassa - já se apresentou como Garcia do Povo, inclusive e conduzida programa de TV em emissora local - perdeu força e está estagnado, tecnicamente. Em julho aparecia com 12,4% e agora, em setembro 13,7%. Isso prova que sua candidatura esfriou, ainda que tenha tido o acréscimo de material de campanha e a mudança de vice-prefeito para o atual presidente da Câmara Municipal, Eduardo Nascimento.
Historicamente, o deputado estadual Vinicius Camarinha - que está em sua 4ª disputa à Prefeitura de Marília, concorreu nos pleitos de 2008, 2012, 2016 e agora 2024 - sempre começou liderando as intenções de votos. Entretanto, com o passar das semanas, seu eleitorado ia reduzindo de modo considerável e, por duas vezes, terminou em 2º lugar: em 2008 perdeu para Mário Bulgareli (PDT) e em 2016 para o atual prefeito reeleito Daniel Alonso, que na ocasião estava no diretório do PSDB. Desempenho de Vinicius é bem semelhante ao do ex-prefeito de São Paulo e ex-senador, José Serra, também do PSDB. Em todas as vezes que concorreu à presidência da República, Serra iniciava as campanhas liderando, depois, acabava em segundo lugar. Foi assim contra o atual presidente Lula, em 2002, e repetindo a derrota contra Dilma, em 2010.