A Campanha Faça Bonito, que completa 21 anos em 2021, marca a luta pelos direitos de crianças e adolescentes não somente em Tupã, como também em todo o Brasil. A Campanha é alusiva ao dia 18 de maio - Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual Contra Crianças e Adolescentes.
Com isso, a presidente do Conselho Tutelar de Tupã, Aline Carolina Parmezan Ribeiro, pede para que as pessoas fiquem atentas e observem os sinais de violência sexual contra as crianças e os adolescentes.
"Muitas crianças e adolescentes confundem situações de violência sexual com afeto porque nunca foram orientados sobre esse assunto. É por esse motivo que precisamos conversar com nossos meninos e meninas e principalmente ouvi-los atentamente. Todas as crianças e adolescentes devem aprender a identificar sinais de abuso. Em vários casos a criança percebe que algo ruim está acontecendo, mas pelo fato dos adultos não terem ensinado, eles não sabem como agir. Sendo assim, a vítima de abuso precisa de informação, precisa saber reagir, contar, dialogar, e não ser silenciada", explica a conselheira.
Parmezan alerta para mudanças de comportamento, enfermidades, psicossomáticas, medos inexplicáveis, marcas de agressão, queda no rendimento escolar, rejeição à proximidade do suposto abusador.
"Existem inúmeros sinais que podem indicar a violência. Por isso, é preciso ficar atento".
O Conselho Tutelar de Tupã busca intensificar as ações de combate ao abuso e à violência sexual por meio da informação, já que desta forma é possível ampliar o número de denúncias e, consequentemente, o combate desta situação.
As pessoas podem denunciar através do "Disque 100", Conselho Tutelar (14) 3491-2193, CREAS (14) 3491-5370, para delegacia de Defesa da Mulher (14) 3496-2555 ou ainda pode fazer a denúncia no site Faça Bonito.
Vale destacar que o Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA protege os direitos de crianças e adolescentes no Brasil. É muito específico, quando diz que de zero aos catorze anos de idade qualquer espécie do contato íntimo com ou sem consentimento é caracterizado como "Estupro de Vulnerável".
Isto é, a consideração de que aquela atitude tornou-se abuso sexual independe da criança ou adolescente aceitar ou não. O Código Penal prevê que estupro de vulnerável é o sexo com menores de catorze anos ou com alguém que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência.
Fonte: Tupã City
