Desde que o radar que estava situado no quilômetro 3 da avenida Elias Miguel Maluf, em Bauru, foi removido pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER), na Vila Industrial, há cerca de 90 dias, o trecho passou a ser trafegado em alta velocidade pelos motoristas. E isso tem se refletido em queixas de moradores que alegam insegurança para atravessar a pista. Nenhum acidente ou atropelamento foi registrado, mas o risco é iminente, reclama o aposentado José Acácio de Oliveira, de 69 anos, com o objetivo de evitar uma tragédia. O radar havia sido instalado em julho de 2014, com velocidade máxima de 40 km/h.
O morador cobra a recolocação do radar ou então alguma alternativa que desacelere o trânsito, para que não fique semelhante a uma pista de corrida em pleno perímetro urbano. "Me mudei para cá há dois anos e meio. Depois que removeram o radar, ficou muito ruim e perigoso. Veículos transitando em alta velocidade. Eu caminhava por ali todos os dias, por volta das 18h, mas não consigo mais, depois que tiraram o radar. Perigoso demais. Radar faz muita falta aqui, é essencial", comenta José Acácio de Oliveira.
O JC checou também que há muitos aposentados por ali, diversos deles com mobilidade reduzida, que precisam atravessar para fazer compras ou visitar familiares. Um deles, que pediu para não ser identificado, testemunha diariamente a dificuldade de atravessar e falou quais os horários que se tornaram praticamente impossíveis transpor a via: das 6h às 7h, das 12h às 14h e entre 17h e 19h.
NOTA DO DER
Em nota enviada ao JC, o DER comunica que os radares fixos da SPA 354/294, em Bauru, sendo um deles o da Elias Miguel Maluf, foram removidos em decorrência do término de contrato. O DER afirma que trabalha no edital de licitação para a contratação de novos equipamentos. Nenhuma previsão foi divulgada. O departamento acrescenta que a fiscalização da velocidade continua sendo realizada pela Polícia Militar Rodoviária, por meio dos radares portáteis, operados por agentes.
Já os moradores reiteram que o radar móvel da polícia, sendo aplicado de vez em quando, diferentemente de um radar fixo, não resolve o problema.