11/03/2021
"Setor imobiliário ajuda a segurar a economia do país durante a pandemia", avalia empresário de Assis
Que a pandemia atingiu todos os pilares da economia no Brasil e no mundo é fato. Porém, apesar da crise sanitária, alguns setores continuaram aquecidos durante 2020, principalmente no final do ano. Um exemplo é o mercado imobiliário, que só fica atrás do agronegócio como principal alavanca do PIB (Produto Interno Bruto), no Brasil.
Em conversa da redação do AssisCity com o Felipe Granado, corretor de imóveis e administrador da Kasa Imobiliária, em Assis, ele nos passou uma visão do setor em relação ao ano de 2020, além de suas expectativas para o futuro da área.
Segundo Felipe, um dos maiores problemas do mercado imobiliário durante os primeiros meses da pandemia, foi com comerciantes que com a queda nas vendas buscavam um desconto no aluguel de suas locações. A falta de lei para esse tipo de situação também prejudica todos os lados, pois devem resolver em acordos.
"No setor de locação, a pandemia afetou bastante os comerciantes que buscavam descontos nos valores de aluguel. Houve muita negociação de descontos justamente para que os comerciantes não tivessem que sair de seus estabelecimentos. Muitos casos chegaram de 25% a 30% de desconto de abril até novembro de 2020. 25 a 30 e chegou até a 50% nos momentos mais críticos ``, afirmou Felipe.
Já no setor de vendas, Felipe observou um cenário de estagnação e receio das pessoas em investir de abril até agosto do ano passado. Porém, no segundo semestre, com a queda nos números da pandemia, o mercado voltou a crescer e vinha bem até janeiro, quando a Covid voltou a ter recordes diários e assim deixar os investidores cautelosos.
Apesar dessa instabilidade e do aumento dos preços de materiais de construção, que tiveram um crescimento em média de 45%, e chegaram até 80% em alguns casos como fios e cabos elétricos, o setor observou um aumento muito grande na busca por casas prontas.
"Os materiais de construção estão caros, os juros dos bancos caíram, as pessoas querem investir em algo e o Brasil possui um problema que é déficit habitacional muito grande, então o caminho que viram foi procurar casas que já estivessem prontas. Em agosto de 2020 a janeiro de 2021 tiveram 20% a mais de procura do que 2019, o que fez com que aquecesse nosso mercado.", afirmou Felipe, que observou um novo momento de cautela das pessoas após o aumento dos números da Covid.
Para o futuro do mercado imobiliário, Felipe acredita que continuará muito forte por conta da procura de pessoas que querem investir e ganhar lucros com isso, através da valorização de terrenos e imóveis.
"Mesmo com esse cenário de indecisão política e da pandemia, o mercado tende a crescer, pois as pessoas querem investir seu dinheiro em algo que realmente valorize e o mercado imobiliário é esse setor. Continuaremos como um dos principais pilares do PIB e por isso vejo um cenário positivo" finalizou o empresário.
Fonte: AssisCity
Compartilhe!
Deixe seu comentário