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31/03/2021

Sincomércio pede orçamento e hospital de campanha custaria R$ 4,1 milhões

Ainda quando estava na função de presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Bauru e Região (Sincomércio), Walace Sampaio solicitou orçamento junto a uma empresa privada para instalação de um hospital de campanha na cidade, voltado ao atendimento de pacientes com Covid-19. O valor - estimado pela M&R Eventos.com Ltda ME, de Guarulhos - foi de R$ 4,140 milhões, que incluem a instalação de cinco leitos de UTI e 60 de enfermaria, com locação de equipamentos hospitalares pelo período de quatro meses.

Os custos com contratação de pessoal, contudo, não foram considerados. Segundo Sampaio, a cotação, feita no dia 11 de março, foi encaminhada para a Secretaria Municipal de Saúde há cerca de 15 dias, porém, até o momento, a pasta não deu retorno sobre a viabilidade de custeio deste hospital.

"O valor é muito abaixo do que eu imaginava. Fiquei surpreso", frisa ele, hoje coordenador do movimento "Reage São Paulo", que defende a reabertura do comércio mesmo em meio à fase mais restritiva do Plano São Paulo e a abertura definitiva do Hospital das Clínicas (HC) de Bauru.

Pela proposta, o hospital de campanha contaria com cinco leitos de UTI, com equipamentos como monitores, ventiladores pulmonares e bombas de infusão, além de central de monitoração, eletrocardiógrafo, desfibrilador e equipamento para hemodiálise. Já a enfermaria seria dotada de 60 leitos, com monitores cardíacos, desfibrilador e cilindros de oxigênio, entre outros itens.

Na cotação, a empresa destaca que estão incluídas a instalação e manutenção de todos os equipamentos pelo período de locação, que se encerraria após quatro meses. O pagamento seria de 50% do valor total no momento da assinatura do contrato e o restante ao término da instalação.

EQUIPE

De acordo com Sampaio, a quantia de R$ 4,140 milhões prevê que o hospital seja implantado em uma área coberta, que poderia, por exemplo, ser o Ginásio Panela de Pressão. A cessão do espaço, contudo, dependeria de tratativas junto ao Esporte Clube Noroeste.

Para viabilizar o serviço, a prefeitura teria de arcar ou buscar recursos para a contratação de equipe de médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e demais profissionais de saúde necessários para garantir o atendimento dos pacientes internados em UTI e enfermaria.

"Caberia ao município tomar estas providências. Poderia, por exemplo, pedir à Justiça para disponibilizar a parte do município dos R$ 17 milhões bloqueados (do Estado e da Famesp) para aplicar no hospital de campanha por quatro meses. Poderia buscar emergencialmente a homologação deste serviço no governo federal e contratar a Famesp para operar o hospital, com custeio feito pela União", opina o coordenador do "Reage São Paulo".

Procurada pelo JC, a Prefeitura de Bauru, por meio de sua assessoria de comunicação, se limitou a informar que concentra esforços para a abertura de novos leitos no HC, que já funciona como hospital de campanha para atendimento de pacientes com Covid-19. "O município segue em tratativas com o Estado e a Famesp para viabilizar dez leitos de UTI no HC, que tem estrutura completa de um hospital e todas as condições de funcionar em definitivo após a pandemia", diz a nota.

Exército

No início de março, o Sincomércio e outras entidades empresariais já tinham encaminhado ofício para solicitar ao governo federal a instalação de um hospital de campanha do Exército. O mesmo pedido foi feito à prefeitura, no sentido de que o Executivo bauruense intercedesse junto à Presidência da República para que a estrutura hospitalar pudesse ser implantada em Bauru. Segundo Walace Sampaio, contudo, nenhumas das solicitações foi respondida até o momento. "Infelizmente, esse assunto, não teve qualquer tratamento político até agora. Pedimos apoio das prefeituras da região e a única que se juntou a nós foi a de Pederneiras", lamenta.



Fonte: JC Net
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