O secretário Orlando Costa Dias também avalia suspender o atendimento ao público em geral em uma das quatro UPAs da cidade para tornar a unidade um novo posto para casos de Covid-19. De acordo com ele, o local receberia quadros menos graves, que demandam acompanhamento médico, enquanto as situações mais preocupantes seriam destinadas ao mini-hospital, formado pelo Posto Avançado Covid (PAC) e Pronto Socorro Central (PSC).
"E os casos mais sérios ainda seriam encaminhados ao HE e HC", frisa, reforçando que o mini-hospital, hoje, é insuficiente para atender o volume de casos que chega à rede municipal. "Se continuarmos recebendo mais casos, como temos recebido, não haverá oxigênio para todo mundo", completa.
Um dos problemas para colocar esse plano em prática seria o fato de aumentar ainda mais a demanda de outras doenças para as UPAs restantes, que já estão colapsadas. Nesta segunda-feira (14), por exemplo, o JC recebeu reclamações de usuários da UPA Geisel, que estavam aguardando atendimento por horas. A reportagem esteve no local e constatou grande fila de espera.
ESPERA POR LEITOS
As unidades de urgência e emergência do município tinham, ontem, 43 leitos ocupados por pacientes com suspeita ou confirmação de Covid-19, sendo que oito aguardavam por vagas em UTI e 35 por leitos de enfermaria nos hospitais do Estado. Outros 15 pacientes estavam em tratamento no PAC, sendo 13 nos leitos credenciados.