Amigos do veterano da Polícia Militar Rodoviária de Ourinhos, Ademir Cândido Carlos de 54 anos, que faleceu no dia 15 de junho, no Hospital Maternidade de Assis (70 km de Ourinhos), em decorrência de complicações causadas pela Covid-19, criaram uma “vaquinha” on-line para ajudar a família arcar com os custos de sua internação na ala particular do hospital.
Ademir, residente na Cohab de Ourinhos, depois de se aposentar da Polícia Militar, atuava como segurança na praça de pedágio na divisa de Ourinhos e Jacarezinho (PR). Ele ficou 10 dias internado em um leito de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital Maternidade, em Assis, após passar 16 dias no hospital de campanha “Covid-19”, em Ourinhos e não conseguir um leito. Pela internação em Assis, a família terá que desembolsar R$135 mil, valor que é a meta de arrecadação da “vaquinha”.
O Passando a Régua conversou com uma das filhas de Ademir, que relatou o drama que a família viveu desde a descoberta da contaminação até a morte do pai. Foram 26 dias ao todo, cinco dias na enfermaria e 11 dias intubado no hospital de campanha em Ourinhos e outros 10 dias na UTI do hospital em Assis. Em Ourinhos, antes de ser internado no hospital de campanha, Ademir chegou a fazer um exame particular de tomografia, que constatou que ele estava com 25% do pulmão comprometido, mas o médico lhe garantiu que ainda era seguro fazer o tratamento em casa e ele iniciou. Mas, na mesma semana ele sentiu-se mal, caindo, da noite para o dia, a sua saturação, chegando a 82% de SaO2.
“Meu pai estava bem, caminhando em volta de casa, conversando com todos. Mas de repente ele passou mal”.
Foi quando a família decidiu levá-lo ao hospital de campanha “Covid-19”, no Grande Hotel. Porém, lá, a sua situação só piorou e a falta de vagas de leitos de UTI, forçou que ele fosse intubado no próprio hospital do Grande Hotel, onde ele adquiriu uma bactéria.
“O tempo que ele esteve lá, não fizeram uma tomografia. O único exame que fazem é o exame de sangue, um por dia. Quando ele ficou em Assis, o mesmo exame, faziam a cada hora”, relatou a filha.
A família recebeu a informação que tinha surgido uma vaga particular de um leito de UTI no Hospital Materno de Assis e decidiu pela transferência.
“Só para dar entrada no hospital em Assis foi cobrado R$35 mil e depois de uma semana, mais R$35 mil, porém os R$70 mil eram apenas para os custos hospitalares, já todo o valor da sua internação chegou à quantia de R$135 mil”, contou a filha.
Ademir acabou falecendo, devido a bactéria que adquiriu no hospital de campanha, tendo uma parada cardíaca.
“Quando o meu pai chegou no hospital em Assis, disseram que ele estava praticamente morto e no hospital de campanha em Ourinhos eles informavam que o seu quadro era estável”.
Qualquer valor para ajudar a família de Ademir é bem-vindo. Para doar acesse o link (clique aqui).