Vereador de Assis defende lockdown; diretor da ACIA teme caos no comércio
O vereador Fernando Sirchia acredita ser necessário, nesse momento crítico de mortes por COVID e falta de leitos hospitalares, decretar lockdown na cidade para ter resultados positivos na disseminação do vírus. Por outro lado, um dos diretores da Associação Comercial e Industrial de Assis (ACIA), Nilson Mello, teme que essa medida resulte em mais prejuízos aos empresários.
Sirchia diz que diversas cidades do Estado adiantam feriados e decretaram lockdown, na tentativa de conter a transmissão da COVID-19, e acredita que algo semelhante deve ser feito em Assis, a exemplo de Araraquara que conseguiu reduzir casos de mortes e contaminação após essas medidas serem adotadas.
"Os números do nosso Município são desesperadores e a fiscalização das medidas restritivas impostas pelo Decreto Municipal é ínfima. Esse descaso para fazer cumprir a lei vem resultando em taxas baixíssimas de isolamento social, o que aumenta a transmissão do vírus e sobrecarrega ainda mais nossos hospitais. Estamos colapsados há semanas, a fila por um leito de UTI só aumenta. Podemos fazer um teste de uma semana, para verificarmos os resultados que o lockdown podem trazer", propõe o vereador.
Vereador de Assis defende lockdown; diretor da ACIA teme caos no comércio
O vice-presidente da Associação Comercial e Industrial de Assis (ACIA), Nilson Mello, considera que este é um assunto muito delicado.
"Um possível lockdown deve ser muito bem estudado, saber o que fazer e como fazer. Se ampliar ainda mais o fechamento do comércio e evoluir para um lockdown completo teremos sérios problemas na economia da cidade e o desemprego poderá se agravar muito. A situação dos empresários de Assis, de maneira geral, já é muito crítica, as demissões têm aumentado, pois as empresas não têm caixa para ficarem tanto tempo fechadas", ressalta.
Mello considera ainda que o lockdown teria que ser feito usando critérios muito cuidadosos e apenas como último recurso.
"Na atual forma que a fase vermelha está sendo desenvolvida, ela já tem causado muitos impactos no comércio. Acreditamos que com esta nova onda, as pessoas percebam a gravidade e saiam de casa apenas para o que realmente precisam. As vendas por delivery, que já estavam baixas, caíram ainda mais", afirma.
