A vereadora Rossana Camacho (PSD) virou alvo indireto de uma decisão da Justiça Eleitoral de Marília que determinou a recontagem de votos para a Câmara Municipal, e agora corre o risco de perder o mandato.
Em coletiva no Legislativo nesta quinta-feira (5), Rossana demonstrou surpresa com o desfecho jurídico:
“Essa recontagem acaba me afetando diretamente enquanto vereadora eleita”, disse ela, tentando desvincular sua candidatura de qualquer irregularidade.
Mas a realidade é dura: a decisão foi provocada por irregularidades envolvendo o partido Mobiliza, cujos votos foram anulados. Embora Rossana não pertença ao partido, a redistribuição do quociente eleitoral pode custar sua cadeira.
“Minha equipe jurídica vai tomar as providências”, avisou a parlamentar, ao mesmo tempo em que prometeu “tratar oportunamente” do assunto, típico eufemismo político para “ainda estou entendendo o que aconteceu”.
Rossana, no entanto, fez questão de defender sua honra. Segundo ela, sua candidatura foi “bonita, limpa e com prestação de contas certinha”. A vereadora também sublinhou que não faz parte da ação e que sua diplomação foi legítima.
Só que o efeito colateral da sentença pode sim tirá-la do cargo. E, caso isso se confirme, quem deve ocupar sua vaga é José Carlos Albuquerque (Podemos), suplente direto e autor da ação que provocou a recontagem.
Enquanto isso, a instabilidade segue como marca registrada da atual legislatura. E não será surpresa se, nos próximos dias, outros nomes forem puxados para o vórtice jurídico.