Aguardado há cerca de duas décadas, o sistema público de videomonitoramento em Bauru finalmente saiu do papel e ganhou as ruas. Não ainda com a totalidade das 10 câmeras em pleno funcionamento, mas todas foram instaladas fisicamente. Estão ligadas e em uso quatro delas e a prefeitura está otimista de entregar as seis restantes no prazo de 30 dias.
Quem faz o uso das imagens que são lançadas para um avançado software, o Genetec, é o Centro de Operações da Polícia Militar (Copom) de Bauru.
Já estão instaladas e em uso as câmeras da Praça Espanha, a da rotatória da Getúlio Vargas com a avenida Affonso José Aiello, a da Nações Unidas com a Nuno de Assis e a situada no viaduto da Duque de Caxias sobre a Nações Unidas. Das seis que faltam funcionar, as câmeras da Praça da Bíblia e da avenida Rodrigues Alves com a Hélio Police já têm ligação elétrica e precisam do recorte no asfalto para passar o cabeamento.
O serviço é feito pela Secretaria de Obras e deve ocorrer ainda este mês. Já os aparelhos situados na avenida Pinheiro Machado com a rua São Sebastião, o da rotatória da Nações Norte com a avenida Moussa Tobias, a do Parque Vitória Régia e da Praça Rui Barbosa, além deste serviço de asfalto, a prefeitura aguarda a ligação elétrica que deve ser feita pela CPFL dentro do prazo estimado pela administração.
ANTIGO
Quantidade longe do ideal, devido ao porte da cidade, o assunto é debatido e a sociedade aguarda este videomonitoramento desde o início dos anos 2000. Os trâmites mais recentes do videomonitoramento ocorreram em 2018. A empresa terceirizada vencedora da licitação na época foi a Fonesat. O atraso tem ocorrido, segundo a prefeitura, devido à Fonesat ter pedido reequilíbrio financeiro do contrato, no ano passado, alegando a alta do dólar e fatores recorrentes da pandemia.
CUSTO DOBRADO
O custo deste videomonitoramento foi orçado, em 2018, em aproximadamente R$ 500 mil. Na época, foi obtida verba parlamentar de R$ 300 mil via deputado federal Capitão Augusto (PL-SP) e a outra fatia seria contrapartida do Executivo municipal. No entanto, em 2021, devido à desenfreada alta da moeda norte-americana, o custo saltou para R$ 719 mil.
Se por um lado o Município segue em tratativas para receber a verba da União que existe, mas ainda não chegou, o custo para os cofres da prefeitura, que deveria ser cerca de R$ 200 mil há três anos, deve mais do que dobrar, chegando a aproximadamente R$ 419 mil.
Nesta semana, a prefeita Suéllen Rosim fez uma visita técnica ao Copom com o vice Orlando Costa Dias. "Vimos o funcionamento da tecnologia do Copom e iniciamos um diálogo para firmar parceria. O grande desafio sobre isso, quando assumimos, foi de recuperar a emenda parlamentar de 2018, que ainda não saiu. Precisamos receber ao menos os 300 mil. Tive uma reunião recente em Brasília sobre isso. O restante será arcado pela prefeitura", comentou Suéllen.
A verba da União está pendente de recebimento e a prefeitura está em diálogo com o Governo Federal, enviando novos documentos, por conta da alteração do valor total do contrato com a Fonesat.
CENTRO INTEGRADO
Ainda segundo a prefeita, a visita técnica ao Copom, a primeira do novo governo, também teve objetivo de buscar incorporar no local o Samu e a Defesa Civil, transformando o prédio em um Centro Integrado de Comunicação, para facilitar a resolução de crises e desastres envolvendo a segurança da população.
"Estamos no início de um diálogo produtivo. O local é muito bem estruturado, todas as câmeras ficarão ali e queremos firmar um convênio com a Polícia Militar", acrescenta.
APARELHAGEM
Segundo o setor de Informática da prefeitura, neste investimento tecnológico estão inseridos: dez câmeras de alta definição, com infravermelho de 200 metros, zoom 30x em alta definição e giro de 360 graus; os postes; caixas de armazenagem dos equipamentos; nobreaks; servidor; software; os controles; e serviços.
Todos os endereços foram definidos pela PM.