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12/03/2025

Vingança: Vinicius demite 5 cargos de vereadora que votou contra aumento de impostos

Nas redes sociais e em veículos de comunicação, a decisão do prefeito foi classificada como um ato de vingança contra uma vereadora que se recusou a seguir a cartilha do governo municipal.

A decisão da vereadora Rossana Camacho de votar contra o projeto que concederia autonomia ao Executivo para aumentar impostos em 2026 sem necessidade de aprovação da Câmara Municipal gerou uma forte reação por parte da administração municipal. Como retaliação, o prefeito Vinícius Camarinha exonerou cinco cargos comissionados ligados à parlamentar, uma ação que reacendeu o debate sobre o uso de cargos públicos como moeda de troca política.

A portaria de exoneração, assinada em 11 de março de 2025 e publicada no Diário Oficial do Município, determinou a dispensa de cinco assessores que atuavam em diferentes setores da administração municipal, como Procuradoria Geral, Saúde e Cidadania. Para muitos, essa medida é vista como uma punição direta à vereadora por sua postura independente e por não se submeter às diretrizes do Executivo.

"Velha política" e troca de favores

A exoneração dos cargos ligados a Camacho levantou suspeitas sobre a prática de troca de favores na política mariliense. Nas redes sociais e em veículos de comunicação, a decisão do prefeito foi classificada como um ato de vingança contra uma vereadora que se recusou a seguir a cartilha do governo municipal.

Rossana Camacho, que tem se posicionado contra a atual gestão em diversos momentos, já havia alertado para a possibilidade de represálias após seu voto contrário ao aumento do IPTU. Agora, sua preocupação se estende à capacidade de atendimento à população, já que os assessores exonerados atuavam diretamente na intermediação de demandas da comunidade junto à prefeitura.

Manifestações de apoio e questionamentos

Diante da situação, a vereadora recebeu apoio de diversas lideranças políticas e da população. Nas redes sociais, cidadãos marilienses criticaram a atitude do prefeito e levantaram questionamentos sobre a transparência na gestão pública. "Se um vereador não pode votar livremente sem sofrer represálias, onde está a democracia?", questionou um internauta.

A medida também reacendeu o debate sobre o uso de cargos comissionados como instrumento de controle político. "Isso mostra que os cargos na prefeitura são distribuídos para garantir fidelidade política, e não necessariamente para atender as necessidades da população", afirmou um analista político local.

Prefeitura não se manifesta sobre as exonerações

O caso escancara a tensão entre o Legislativo e o Executivo em Marília, além de evidenciar práticas da chamada "velha política", onde cargos públicos são usados como instrumentos de pressão e controle. Resta saber quais serão os próximos desdobramentos dessa disputa e se outras retaliações poderão ocorrer contra parlamentares que optarem por votar de forma independente.

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