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02/05/2025

Nova terapia reduz tumores de câncer coloretal em mais de 50%

Combinando dois medicamentos de forma inédita, pesquisadores norte-americanos alcançam resposta positiva inédita em pacientes com câncer metastático do intestino grosso.
Uma nova combinação de medicamentos está acendendo uma luz no fim do túnel para pacientes com câncer colorretal metastático, um dos tipos mais letais e difíceis de tratar. De acordo com cientistas dos Estados Unidos, a nova terapia conseguiu reduzir tumores em mais de 50% dos pacientes testados — um avanço que vem sendo celebrado por especialistas em oncologia em todo o mundo.
 
O estudo, publicado no renomado Journal of Clinical Oncology, analisou o impacto da junção entre dois medicamentos: sotorasib e panitumumabe. Enquanto o primeiro age bloqueando uma mutação genética agressiva (KRAS G12C), o segundo atua diretamente nos receptores de crescimento celular (EGFR), impedindo a progressão da doença. Juntas, essas drogas agem como uma dupla implacável contra o avanço do tumor.
 
Mais do que promessa, resultados comprovados
 
No total, 160 pacientes participaram dos testes clínicos em três grupos distintos. Os que receberam a dose mais alta da nova combinação registraram a maior taxa de resposta: mais de 30% deles tiveram redução de tumor acima de 50%, o que representa uma melhora significativa na qualidade de vida e na expectativa de sobrevida.
Segundo o professor Marwan Fakih, da City of Hope, a nova estratégia “prolonga o controle da doença e deve se tornar o novo padrão de tratamento para pacientes que não respondem mais às terapias convencionais”. O FDA (agência reguladora dos EUA) já aprovou o uso emergencial da combinação para casos avançados.
 
Efeitos colaterais e próximos passos
 
Embora a terapia tenha apresentado efeitos colaterais moderados — como náuseas, diarreia e fadiga —, os pesquisadores consideram que os benefícios superam os riscos para a maioria dos pacientes.
Essa descoberta marca um passo crucial na luta contra o câncer colorretal, que figura entre os cinco tipos mais comuns de câncer no Brasil, e pode beneficiar também o SUS em um futuro próximo, caso aprovado por agências reguladoras internacionais e nacionais.
 

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